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REDUÇÃO DE MAMA

Cirurgia para reduzir e levantar a mama como é popularmente conhecida. Caso a mama seja pequena e caída não será retirado tecido, apenas reposicionado mais pra cima a mama já existente. Se desejado pela paciente e indicado pelo médico poderá haver colocação de prótese de silicone também.

 

-Mastoplastia  redutora ou Redução de mamas que objetiva  diminuir o volume e dar  nova  forma às mamas;

-Mastopexia ou cirurgia para corrigir a queda, com pequena ou nenhuma redução de volume associada;

-Mastopexia com prótese, na qual além da colocação da prótese é necessário retirar o excesso de pele

 

Mamoplastia de aumento ou prótese de silicone é explicada aqui.

 

Este informativo tem por objetivo esclarecer alguns aspectos relativos à cirurgia de mastoplastia redutora e mastopexia com prótese.

 

INDICAÇÕES

 

Esta cirurgia está indicada nos casos gigantomastias (mamas muito grandes), assimetrias (uma mama é muito menor que a outra), nos casos de volume normal mas quando há o desejo de diminuição volumétrica das mamas e nas reconstruções mamárias onde é necessário simetrizar as mamas geralmente diminuindo o tamanho da mama contralateral.

 

QUANDO OPERAR

 

As mamoplastias estéticas podem ser realizadas a partir do completo desenvolvimento das mamas. Isto tem ocorrido mais precocemente nas últimas décadas devido às mudanças impostas pelas alterações dos hábitos de vida como o uso freqüente de hormônios femininos e o início da atividade sexual, dentre outros fatores. 

Assim, a partir dos 16 anos já é possível operar as adolescentes com desenvolvimento completo das mamas, atendendo suas necessidades estéticas, porém, recomenda-se que a mama não tenha apresentado crescimento nos 12 meses que antecedem a cirurgia o que sinaliza o final do desenvolvimento mamário.

Ao considerarmos o período de lactação, recomendamos aguardar pelo menos 6 meses após cessar a amamentação para programar sua cirurgia, em alguns casos esse tempo pode ser maior.

 

FUNÇÕES DAS MAMAS

 

A cirurgia de redução mamária pode alterar algumas das funções da mama. Tudo depende do volume a ser retirado. Portanto, lactação e sensibilidade podem ser perdidas se o volume a ser retirado for muito grande. Nas reduções pequenas estas funções são geralmente mantidas.

 

SIMETRIA E ASSIMETRIA

 

É extremamente importante ressaltar que as assimetrias mamárias são muito frequentes, podendo ser decorrentes do formato assimétrico das mamas ou do tórax (em geral alterações congênitas). Todas as mulheres possuem uma mama diferente da outra. Em maior ou menor grau.

Assim, podemos dizer que a simetria exata das mamas nem sempre pode ser alcançada pela cirurgia. Se a própria natureza não as deixou idênticas, pode-se imaginar que este objetivo não é tão simples de ser alcançado. E na maior parte dos casos isso não compromete o resultado estético final.

 

A ESCOLHA DO TAMANHO DA MAMA

 

Na consulta médica a paciente avalia juntamente com o cirurgião o seu desejo e as possibilidades técnicas inerentes ao seu conjunto estético corporal. O desejo da paciente deve ser associado à experiência do cirurgião, a escolha do tamanho deve ser sempre em conjunto médico e paciente. 

Caso haja colocação de prótese de silicone o volume da prótese também será discutido. E a escolha inicial do tamanho nem sempre é definitiva. No dia da cirurgia, o volume pode necessitar de adequação para um tamanho maior ou menor dependendo da condição da mama e da elasticidade da pele da paciente verificada no intra-operatório. 

Lembre-se o volume da prótese de silicone NÃO corresponde ao volume final da mama. Isso ocorre porque a mama já apresenta algum volume. Portanto a mama fica sempre com volume maior que o da prótese.

 

ESCLARECIMENTOS SOBRE O SILICONE 

 

O material empregado na fabricação das próteses mamárias geralmente é um tipo de polímero sintético, comprovadamente biocompatível, conhecido como SILICONE. Este produto faz parte da composição do revestimento da prótese, podendo também ser coberto por outros produtos como o poliuretano. O conteúdo da prótese pode ser o silicone (atualmente de forma gelatinosa e coesiva), o soro fisiológico ou mesmo alguns tipos de óleos. Várias pesquisas têm sido desenvolvidas na procura do material mais adequado para a confecção destas próteses. Cada um destes produtos tem suas particularidades, mas hoje em dia, o mais usado mundialmente é o silicone gel coesivo. Nestas condições ele é um produto inerte e com alta segurança já que, devido à sua consistência coesiva, caso haja uma ruptura traumática da prótese, o gel de silicone não se dispersa e infiltra os tecidos. Também é muito importante a afirmação de que o silicone não foi associado a doenças degenerativas ou ao câncer de mama, ou seja, a presença de prótese de silicone NÃO aumenta a chance da mulher desenvolver câncer de mama. 

Essa hipótese surgiu porque no passado a prótese poderia dificultar a identificação de uma lesão mamária inicial, atrasando o diagnóstico. Nos dias atuais o controle através da mamografia periódica e o desenvolvimento de técnicas mais avançadas de avaliação, como a ressonância nuclear magnética, este problema está contornado. Converse tudo isto com o seu cirurgião, esclarecendo todas as suas dúvidas e ponderando as particularidades de seu caso. 

Assista o vídeo sobre o que acontece se o seu silicone romper aqui.

 

AS CICATRIZES 

 

As cicatrizes das mastoplastias redutoras dependerão do tipo e formato das mamas e do que se deseja com a cirurgia. Assim, nas mamas que não apresentam ptose (queda) associada, as cicatrizes poderão ser posicionadas no sulco sub mamário (formato horizontal) ou na transição da pele da aréola com o restante da mama, em forma semicircular. Já nas mamas caídas tem que se corrigir esta queda com o reposicionamento superior dos tecidos após a colocação das próteses. Nestes casos, as cicatrizes serão de acordo com a necessidade de acomodação dos tecidos mamários. Costuma-se dizer que “as mamas terão as cicatrizes que merecem” em função das suas condições antes da cirurgia. Cada técnica tem sua indicação apropriada e pode estar certa de que para alcançar forma e tamanho desejados lhe será indicada a técnica que deixará as melhores e menores cicatrizes possíveis para o seu caso específico. Atualmente as técnicas mais comuns para a correção da ptose associada a mastoplastia de aumento deixam as cicatrizes mamárias em forma de ”pirulito” ou "âncora", que vão adquirir com o tempo, aspecto de uma linha de tonalidade semelhante à da pele e localizadas em áreas que possam ser encobertas pelas vestes de banho. Entretanto, o resultado final vai depender da reação de cada organismo. Menos frequentemente, pode ocorrer o inverso e as cicatrizes sofrerem um alargamento, ou tornarem-se grossas, altas e duras, formando quelóides. Estes estão relacionados à qualidade da pele e à genética da paciente e não ao modo como foi realizada a cirurgia. Se ocorrerem, será dada toda a orientação e tratamento adequado, indicando, quando pertinente, uma cirurgia oportuna para o retoque.

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA

 

Todos os dados relativos à sua saúde serão questionados, incluindo doenças prévias ou em tratamento, uso de medicamentos, tabagismo, alergias medicamentosas, alimentares ou diversas, cirurgias prévias, história familiar para câncer de mama, condições de controle das mamas com o especialista etc.

Casos de câncer de mama na família, combinados com displasia de alto risco devem ser informados e podem se tornar uma contra indicação para esta cirurgia.

Após conversar com seu médico e esclarecer todas as suas dúvidas, ele lhe indicará alguns exames de rotina que recomendamos sejam feitos cerca de 10-15 dias antes da cirurgia. Também uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) será recomendada. Em casos determinados podemos solicitar a mamografia, ultrassom ou outro exame específico que possa ajudar no esclarecimento diagnóstico.

Lembre-se das recomendações gerais para qualquer cirurgia plástica, como:

  • Não usar nas 2 semanas anteriores medicamentos à base de AAS, anticoagulantes, corticóides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer; 

  • Abstinência do fumo por 30 dias antes da operação;

  • Não usar cremes corporais a partir da véspera da cirurgia;

  • Jejum de acordo com a recomendação médica (08 horas antes da cirurgia);

  • Comunicar ao seu médico qualquer anormalidade ou uso recente de medicamentos, alergias medicamentosas ou alimentares;

  • Comunicar se está gripada, com tosse, dor de garganta ou doente de outra forma;

  • Guardar em casa objetos pessoais como jóias e bijuterias.

 

A CIRURGIA

 

A cirurgia pode ser realizada ambulatorialmente, ou seja, podendo ter alta hospitalar no mesmo dia da operação ou no dia seguinte. O ato dura cerca de 3 horas e, em geral, é realizado sob anestesia geral.

A anestesia geral proporciona uma ótima condição cirúrgica e garante tranquilidade para o paciente e para o cirurgião.

As mamas são incisadas de acordo com a programação prévia, dissecando-se um espaço para a inclusão das próteses. Tecnicamente, este espaço pode ser: retro glandular (logo atrás da mama), retro fascial (atrás da fáscia peitoral) ou retro muscular (atrás do músculo peitoral maior). 

A prótese é posicionada e recoberta pelo tecido mamário que então é suturado por cima dela em várias camadas. Quando indicado, corrige-se a ptose (queda) associada.

O curativo é feito de forma a ajudar na modelagem das mamas devendo ser sobreposto por um soutien adequado (sem rendas ou aros, de forma a cobrir toda a mama e justo ao tórax, sem porém estar apertado). Somente autorizamos a retirada do soutien para o banho.

Toda e qualquer anormalidade encontrada durante a cirurgia como cistos ou nódulos serão encaminhados para exame específico, assim como também serão examinadas as peças cirúrgicas removidas nas cirurgias redutoras ou modeladoras. Os custos destes exames são de responsabilidade do(a) paciente, devendo ser acertados diretamente no hospital ou laboratório responsável pela execução dos mesmos.

 

ACOMPANHANTES

 

Atente para o fato de que o tempo total de permanência no centro  cirúrgico é maior que o tempo real da cirurgia pois o preparo e a recuperação pós-operatória contribuem para este aumento. Por isso, familiares e acompanhantes devem estar cientes de que a demora é normal, pois muitas vezes existe um certo atraso no início do procedimento, o que atrasa também o horário de seu término.

No dia da cirurgia comunique seu médico sobre a presença de familiares aguardando o término do procedimento. Pois assim que a cirurgia terminar um membro da equipe entrará em contato com seus acompanhantes para informar como foi.

 

ORIENTAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

 

Normalmente esta cirurgia não apresenta um pós-operatório doloroso. Mesmo assim se apresentar um grau aumentado de sensibilidade dolorosa, o uso de analgésicos costumam resolver e serão recomendados em sua prescrição de pós-operatório. Somente use medicamentos recomendados pelo seu médico, seguindo todas as orientações dadas pela equipe cirúrgica. É melhor que você esclareça suas dúvidas com quem lhe operou ao invés de pedir orientações a amigos que não conhecem detalhadamente o seu caso.

A paciente receberá alta hospitalar com todas as recomendações necessárias para uma boa recuperação, são elas:

  • Repouso de atividades físicas e limitação de movimentos bruscos e amplos dos braços;

  • Deitar com o tronco elevado por almofadas e travesseiros. Não deitar de lado ou de bruços até que seja autorizado pelo seu cirurgião;

  • Banhos ou trocas do soutien 1 vez ao dia;

  • Não manipular os curativos, mesmo que haja um pequeno sangramento (que é normal e não deve assustá-la);

  • As trocas de curativos deverão ser feitas pela equipe cirúrgica ou orientadas por ela;

  • Movimentação dos membros inferiores e pequenas caminhadas são muito importantes para a prevenção de tromboses e embolias;

*OBSERVAÇÃO: Sangramentos copiosos ou variações volumétricas exageradas (aumento súbito de uma das mamas), acompanhados de dor, devem ser imediatamente comunicados ao seu médico. Pode se tratar de um hematoma e deve ser avaliado prontamente.

  • Os retornos para a avaliação pós-operatória são feitos com: 24-48hs e 7-8 dias da cirurgia. Retornos adicionais serão orientados pelo cirurgião e devem ser seguidos para uma completa recuperação e avaliação dos resultados.

  • Os pontos geralmente são retirados em torno de 10-15 dias.

  • O soutien deverá ser usado por um período mínimo de 30-60 dias, durante todo o dia, inclusive para dormir, mas as particularidades de cada caso serão avaliadas e este período poderá ser até mesmo prolongado. Seu médico lhe dará todas as orientações;

  • Afastamento das atividades por 7-14 dias;

  • Não dirigir por um período mínimo de 2 semanas;

  • Não carregar peso por no mínimo 3 semanas;

  • Não fazer movimentos amplos e bruscos com os braços por cerca de 15 dias;

  • Após 3 meses poderá retornar a suas atividades físicas habituais como ginástica e natação;

  • Exposição ao sol par se bronzear somente será permitido após 30 dias e com proteção da cicatriz. Até aí, pequenas caminhadas sob o sol poderão ser feitas com o uso de bloqueadores solares;

  • Vida sexual, com moderação estará liberada após 8-10 dias da cirurgia;

  • No decorrer do pós-operatório é normal uma mama doer ou estar mais edemaciada do que a outra. Isso não quer dizer que tenha algo errado com a cirurgia ou que as mamas irão ficar diferentes. Isso é, na verdade, evento bastante comum.

 

INTERCORRÊNCIAS

 

As intercorrências são situações que surgem no período pós-operatório e não interferem no resultado. São exemplos: equimoses (manchas roxas na pele), edema (inchaço), pequenos hematomas que podem drenar espontaneamente ou necessitar drenagem cirúrgica, eliminação de pontos internos (por volta de 3 semanas), deiscência de pontos (pequena abertura do corte), alterações da sensibilidade etc.

 

A formação de uma cápsula fibrosa envolvendo as próteses é uma intercorrência indesejável que pode ocorrer. Com o advento das próteses texturizadas que são mais modernas e de melhor qualidade, tal incidência caiu de 30% para cerca de 2% a 4%. O nosso organismo reage de maneira a bloquear qualquer material estranho nele introduzido. Por isso o corpo cria uma cápsula fibrosa, para isolar a prótese completamente do seu contato. Isso SEMPRE acontece. Assim, todas as próteses são recobertas por uma cápsula de diferentes espessuras, que começa a se desenvolver após algumas semanas da cirurgia. O grau de encapsulamento é variável, podendo ir de imperceptível (não necessita tratamento cirúrgico) até o comprometimento das mamas com dor e deformidade.

Neste extremo, o tratamento é cirúrgico com substituição ou mesmo retirada das próteses.

 

Outras intercorrências mais complexas, que felizmente são raras: infecção, grande deiscência (abertura) de pontos, necrose (morte) parcial ou total da pele das aréolas, grandes hematomas que precisam ser drenados e as intercorrências pertinentes a qualquer procedimento cirúrgico. Nestas eventualidades é fundamental manter a calma e conversar profundamente com seu médico que cuidará atentamente do seu caso. Isto gera angústia dúvidas e insegurança. Continuar confiando no seu médico ainda é o melhor caminho e ele saberá como lhe ajudar.

 

EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO

 

A mastoplastia de aumento associada ou não a mastopexia não é cirurgia para o resto da vida. A qualidade dos resultados sofre alterações contínuas ao longo dos anos. Alguns fatores como idade, variação do peso corporal, qualidade e textura da pele, influências hormonais, gravidez, lactação, substituição adiposa das glândulas mamárias e etc, interferem de forma das mamas, independente de terem ou não sido operadas.

Apesar da prótese mamária, o parênquima/tecido continua sofrendo os processos normais de envelhecimento, como atrofia e nova ptose (queda) das mamas.

Existe a possibilidade da troca das próteses por outras de maior ou menor volume de acordo com a vontade da paciente ou a necessidade de adequação às novas condições das mamas. Assim, nova cirurgia poderá ser indicada quando, com o passar do tempo, estas alterações se apresentarem, alterando o formato e/ou volume mamários de forma significativa. As próteses ficam posicionadas como na cirurgia original do implante, porém, os tecidos mamários que a elas se sobrepõem sofrem a ação dos diversos fatores acima relacionados, podendo necessitar de remodelação posterior (correção de algum grau de ptose/queda).

 

TROCA DAS PRÓTESES

 

A troca das próteses mamárias, atualmente, somente é recomendada nos casos de ruptura, deformidades morfológicas, encapsulamento severo, infecção ou desenvolvimento de doenças mamárias incompatíveis com a permanência deste corpo estranho no organismo.

O controle por imagem e exame físico periódico irá detectar estas alterações, indicando a troca.

Com o uso das novas próteses texturizadas e mais modernas, não há obrigatoriedade de troca a cada 10 anos. E nem um prazo máximo de permanência da prótese. Fundamental é continuar o acompanhamento das mamas no ginecologista/mastologista e retornar ao cirurgião plástico como orientada.

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